TESTE DE 400 METROS RASOS
EXEMPLO PRÁTICO
CÁLCULOS PARA ESTABELECIMENTO DAS ZONAS PESSOAIS DE TREINAMENTO: ATLETA: ROMERO
PROVA: 5.000 METROS RASOS
IDADE: 34 ANOS
FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA: 184,2bpm
FREQUÊNCIA CARDÍACA DE REPOUSO: 47bpm
FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RESERVA: 137,2bpm
TREINAMENTOS DE RECUPERAÇÃO
MENOR QUE 70% DA RESERVA CARDÍACA
137,2 x 0,70 + 47=
= 143,04bpm
TREINAMENTOS LONGOS (FAMOSO LONGÃO)
LIMITE INFERIOR-65%
LIMITE SUPERIOR-78%
LIMITE INFERIOR
137,2 x 0,65 + 47=
= 136,18bpm
LIMITE SUPERIOR
137,2 x 0,78 + 47=
= 154,016bpm
TREINAMENTOS LIMIARES
LIMITE INFERIOR-76%
LIMITE SUPERIOR-88%
LIMITE INFERIOR
137,2 x 0,76 + 47=
=151,27bpm
LIMITE SUPERIOR
137,2 x 0,88 + 47=
= 167,73bpm
(DANTAS, 2003; TUBINO, 2003)
CÁLCULO DO TREINAMENTO INTERVALADO
OBS.: T. CONSUMIDO/DIST. PERCORRIDA
Onde: T.M = tempo mínimo
Onde: T = tempo
Onde: Dist. = distância
T (SEG.) = T.M x [ 1 + ( 1 – %)] x D =
Onde: D = distância
F.C.RECUPERAÇÃO = F.C.REPOUSO + 0,56 (F.C.MÁX. – F.C.REPOUSO) =
Onde: F.C.RECUPERAÇÃO = freqüência cardíaca ao final do estímulo (chegada)
Onde: F.C.REPOUSO = freqüência cardíaca basal
Onde: F.C.MÁX. = freqüência cardíaca máxima individual
Como exemplo prático, vamos calcular o treinamento intervalado passo a passo do atleta G.S.G. de 30 anos de idade e com uma frequência cardíaca de repouso de 50 batimentos por minuto.
1º Passo: Cálculo da frequência cardíaca máxima:
F.C.máx. = 208 – (0,7 x idade) =
= 208 – 21 =
= 187bpm
2º Passo: Teste de carga máxima apartir da distância escolhida na maior velocidade possível verificando-se o tempo:
T.M (SEG.M-1) = T. CONSUMIDO/DIST. PERCORRIDA
TEMPO MÍNIMO = 122/800 = 0,1525 (SEG.M-1)
Obs.: Deverá ser medido em décimos de segundos.
3º Passo: Determinação da intensidade do trabalho (T):
T (SEG.) = 0,1525 x [ 1 + ( 1 – 70%)] x D =
= 0,1525 x [ 1,3 ] x 800 =
= 0,1525 x [1040] =
= 158,6” ou 2’39”
4º Passo: Determinação do número de repetições através do estímulo escolhido, verificando-se o limite superior e inferior, para em seguida traçar a variância. Se por exemplo o atleta estiver utilizando estímulos de 800 metros como estipulado a 70%, será calculado da seguinte maneira:
LIMITE SUPERIOR = 2 x 6 = 12
LIMITE INFERIOR = 2 x 5 = 10
VARIANTE TOTAL POSSÍVEL = 02
02 repetições, é toda amplitude possível de variação no número de estímulos para a distância de 800 metros.
VARIANTE TOTAL POSSÍVEL = 02
2 REPETIÇÕES – 100%
x – 70%
140 = 100x
x = 100 : 140 = 0,71 + L.inf. = 0,71 = 11 x 800 metros.
Sendo assim, o treinamento intervalado constará de 11 tiros de 800 metros no tempo de 2 minutos e 39 segundos, o equivalente a 70% da carga de treinamento.
5º Passo: Determinação da frequência cardíaca de recuperação:
F.C.RECUPERAÇÃO = F.C.REPOUSO + 0,56 (F.C.máx. – F.C.REPOUSO) =
F.C.RECUPERAÇÃO = 50 + 0,56 (187 – 50) =
F.C.RECUPERAÇÃO = 50 + 0,56 (137) =
F.C.RECUPERAÇÃO = 126,72bpm
Portanto, o atleta G.S.G realizará 11 tiros de 800 metros há 2 minutos e 39 segundos e respeitará um intervalo de recuperação de 126,72bpm entre cada tiro, sendo que no intervalo de cada série depois que a freqüência cardíaca do atleta retornar a freqüência cardíaca de recuperação, deverá ser respeitado um intervalo de tempo na proporção de 1 para 2 (o dobro do tempo de trabalho), por estar trabalhando o sistema energético glicolítico a curto prazo. (DANTAS, 2003; McARDLE, KATCH e KATCH, 2003 e COSTILL e WILMORE, 2001 )
Alguns poucos profissionais da área, executam planos e mais planos em rascunhos, que ficam ocultados em seus bolsos com objetivo em crescer, gloriar-se e promover-se financeiramente explorando a máquina humana, ferindo pequenas engrenagens pertencentes à produção de vapor das mesmas. Como se não bastasse, os patrocinadores não enxergam os pequenos atletas, fingem não conhecer modalidades desportivas, porém, quando visualizam situações que possam explorar financeiramente um determinado corpo humano, conseguem através de migalhas, construir pequenos outdores humanos que perangulam pelas ruas com meros agasalhos, tênis e camisas estampadas com logotipos comerciais, enriquecendo pessoas que pouco se preocupam com essas simplesmente sofridas, com algumas por conta do destino analfabetas e ignorantes em se tratando do ponto de vista do que é viver e oque é buscar um viver seguro em benefício daquilo que infelizmente escolhem que é o ocultar de um viver socializador, humano, possivelmente às vezes alegre, em benefícios dos gastos financeiros dos famosos e enriquecidos, chamados de patrocinadores. Ao meu ver, ser atleta é buscar algo que poucos conseguem alcançar, é ter persistência e heroísmo nas pequenas coisas existentes em nossas vidas, é simplesmente viver em benefício do vencer marcas, que às vezes, são insuperáveis por motivo da insuperação humana e à falta de humanismo com essas, é não enxergar o horizonte em seus treinos, é não ver o fim deste, é colocar-se à disposição do tempo e tentar vencê-lo, é ser diferente do mundo, é ter hábitos saudáveis sem ser saudável, no total, é simplesmente ser atleta. OBSERVAÇÃO: Fiz este texto, com o intuito de demonstrar a necessidade de um psicólogo, no acompanhamento social de determinados atletas.
O treinamento intervalado que visa a preparação individual do atleta e geralmente aplicado em corredores de velocidade, fundo e meio-fundo, apesar de hoje em dia grande parte de equipes de desportos coletivos também utilizarem, é realizado através de uma alternância de estímulos fortes e fracos, com adequado controle psicológico e fisiológico por parte dos atletas, com intervalos de recuperação que podem variar de alguns segundos à vários minutos, dependendo do objetivo, da respectiva modalidade e da recuperação individual do atleta. (McARDLE, KATCH e KATCH, 2003 e TUBINO, 2003)
Geralmente o intervalo de recuperação (alívio), pode ser passivo (repouso-recuperação) e ativo (trabalho-recuperação), variando de acordo com a intensidade e duração do esforço do trabalho, sendo que para o desenvolvimento de atletas que utilizam o sistema energético anaeróbico aláctico, a proporção é de 1 para 3 em relação ao tempo de trabalho executado (performance), para os atletas que dependem do sistema anaeróbico láctico (sistema de energia glicolítico a curto prazo), a relação é de 1 para 2 (o dobro do tempo de trabalho) e para o treinamento do sistema aeróbico, a relação é de 1 para 1 ou 1 para 1,5. (DANTAS, 2003; McARDLE, KATCH e KATCH, 2003)
O Treinamento intervalado com intervalos curtos pode ser utilizado conjuntamente com o treinamento contínuo para uma mesma programação de treinamento, agindo no desenvolvimento da resistência aeróbica (endurance). Esses intervalos curtos permitem que parte do ácido láctico sofra uma ressíntese em glicogênio no fígado, permitindo ao atleta durante o treinamento, a mesma intensidade do esforço a ser realizado logo a seguir. Já o treinamento intervalado com intervalos longos, apesar de também ser conhecido por treinamento de repetições, desenvolve especificamente a resistência anaeróbica, onde grande parte da demanda energética é oriunda da decomposição anaeróbica do glicogênio no citoplasma da célula muscular, fazendo com que esses intervalos longos propiciem um aumento das reservas de glicogênio nos músculos, adaptando a musculatura a suportar as concentrações elevadas de ácido-láctico. (TUBINO, 2003; McARDLE, KATCH e KATCH, 2003)
A intensidade do esforço físico durante o treinamento intervalado, pode ser monitorado com a verificação da freqüência cardíaca de recuperação através de um monitor cardíaco polar (modelo WM41) que monitorará o esforço físico durante a atividade física, podendo variar entre 85% a 100% da freqüência cardíaca máxima. (POWER e HOWLEY, 2005)
É de grande valia, expor que antes e após a aplicação de um treinamento intervalado, é necessário verificar no atleta a sua Freqüência Cardíaca Máxima, a sua Freqüência Cardíaca de esforço e a sua Freqüência Cardíaca de recuperação que deverá estar abaixo de 70% da sua Freqüência Cardíaca Máxima, e caso esta esteja mais alta, é recomendado que o intervalo de recuperação seja aumentado. (DANTAS, 2003; SOUZA; TAVAVES; ALVES et al, 2005)
É uma corrida realizada em uma pista de atletismo com o comprimento oficial de 400 metros, que consiste de duas retas paralelas e duas curvas com raios iguais. A menos que seja de grama, a parte interna da pista terá um material apropriado em sua borda, de aproximadamente 5 cm de altura e um mínimo de 5 cm de largura. Cada competidor terá uma raia separada, com uma largura de 1,22 m no mínimo e 1,25 m no máximo, marcadas por linhas de 5 cm de largura. Todas as raias deverão ter a mesma largura, sendo que a raia interna será medida conforme o parágrafo 2 contido na regra oficial da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (2006) nos informando que a medição da pista deve ser feita a 30 cm de sua borda interna ou, na falta dela, a 20 cm da linha que marca o seu limite interno. Para uma melhor análise e entendimento de como ocorre a prova dos 800 metros rasos de acordo com a regra oficial da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (2006) deve-se observar as seguintes informações:
Em corridas de 800 metros rasos, no momento da largada, o árbitro de partida dará o comando “Às suas marcas” e quando os competidores estiverem em seus lugares imóveis, o revólver será disparado ou o equipamento de partida aprovado pela CBAt será ativado. O competidor no momento da saída não pode tocar o solo com uma ou ambas as mãos.
Linha de raia livre
Nas competições realizadas segundo a Regra da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (2006), a prova de 800 metros rasos será corrida em raias marcadas até a linha de raia livre depois da primeira curva, local onde os corredores podem deixar suas respectivas raias. A linha de raia livre será uma linha curva, de 5 cm de largura demarcada na pista, sendo sinalizada por uma bandeira de pelo menos 1,50 m de altura situada fora da pista, onde o auxílio na identificação da linha de raia livre aos participantes será através de pequenos cones ou prismas (5x5 cm), com altura máxima de 15 centímetros e com a mesma cor da linha de raia livre, sendo esses, colocados nas interseções de cada raia com a linha de raia livre, porém, em competições internacionais, os países podem, em comum acordo, decidir pela não utilização das raias. (CBAt, 2006)